O autor americano Jack Donovan em sua obra "O Código dos Homens" fala sobre virtudes. E dentre às quatro que considera cardeais está a Coragem. O autor diz que nem todo esforço da Vontade (a letra maiúscula é por minha conta) denota em um ato corajoso, porém todo ato que exige coragem é um ato de Vontade. Ou seja, para se fazer algo corajoso implica ao homem um ato de sua Vontade.

A Vontade é o que nos move, o que nos faz levantar da cama e perseguir os objetivos. A Vontade é maior que a força, que a destreza e que a aptidão. É a Vontade que suprime a inteligência superior do seu adversário na prova, é a Vontade que te instiga a lutar, superar e vencer.

No (já) clássico Batman Begins de Christopher Nolan, durante seu treinamento, Bruce Wayne é confrontado pelo seu mestre quando este o diz que o pai dele é culpado pela morte de si próprio e de sua mãe. Bruce discorda e retruca que seu pai não tinha nenhum treinamento.  O mestre retorna dizendo que "Treinamento não é nada, Vontade é tudo. A Vontade de Agir". Você pode acompanhar essa cena, em português, aqui:

(a partir de 1m30s).

O que ele quis demonstrar é que a Vontade poderia ter dado um desfecho diferente. A (falta de) coragem do pai de Bruce Wayne selou o destino dele.

A Vontade é o combustível, a força motriz. Você talvez não tenha hoje a condição física ou intelectual ideal para o trabalho que pretende desempenhar no futuro, ao longo de sua carreira. Mas você pode mudar isso a partir da Vontade. É o minuto da decisão, é passo inicial em direção ao objetivo, é o início da Jornada. A Vontade é a chama. Mas ela fica forte a cada dia quando você decide direcionar seus esforços.

Voltando para a questão da coragem, Donovan diz:

"A coragem envolve riscos; envolve a possibilidade de haver falhas ou a presença de um perigo. Ela é proporcional ao perigo envolvido: quanto maior o perigo, maior a coragem. O ato de correr para o interior de um prédio em chamas supera o de passar um carão no chefe. Já passar um carão no chefe é mais corajoso que escrever um bilhetinho anônimo para lá de maldoso. Atos que não tenham consequências significativas não exigem muita coragem."

Já para Aristóteles, um homem corajoso é aquele que não demonstra receio de um possível risco de vida ou perigo extremo. É a coragem, nesses trajes, uma virtude moral.

Aqui em nossa realidade a Coragem (e a Vontade) nos leva a testar coisas novas. Nos prevenimos ao máximo dos possíveis riscos, mas a Coragem de tentar está ali. E tentamos. E fazemos.